O QUE NÃO TEM NO PÉ, TEM NA BOCA!!!

Acompanhando a pelada da mesma forma que fazia minhas aparições na novela ´´Pedra sobre Pedra´´ da TV Globo, de onde encantava e seduzia mulheres, pude perceber que as pernas, para alguns, não deveriam ser utilizadas para os fins do Desporto chamado futebol.
Apesar da épica evolução no ranking final das apostas, nosso destemido e esforçado Aloisio Viana Jr. (Junim Pinga), ainda utiliza todas sua voracidade com a bola nos pés para enlouquecer os seus próprios companheiros, já que o mesmo teima em jogar a bola para o próprio gol. Pois bem, caríssimos. De onde vem tanta, elasticidade nas mãos e nos braços do nosso querido frequentador dos paliteiros Edmar Soares (Lagoa), a bola parece murchar quando em seu alcance, já que o mesmo solta suas bradões com tanta força que não consegue agarrar a bola, será que gritar antes mesmo da bola chegar é melhor caminho para quem aparenta ter braços de folhas de cartolina.
Um fato chamou a atenção dos aficcionados pelo futebol irreverente e calhorda. Ao anunciar o ganhador do imensurável troféu ´´Betinho``, percebe-se um dos participantes cabsbaixo e um tanto inseguro, e logo se houve sair da boca do nosso querido Furacão da Prata (Diogo): ´´Jamais usarei perucas, caso venha a ser o vencedor...´´ deixando evidente o fato de que um gesto de carinho de seus companheiros, iria soar como uma desonra, já poderão duvidar da sua masculinidade.
O destempero do sempre sereno Rodrigo Bja Boka Melo suou como uma pequena manha perante seus compadres, sendo que o mesmo após sofrer uma falta não marcada, na qual seu companheiro Mateus foi ás gargalhas (e eu também) pelo belo tombo sem ser tocado, o mesmo que não participaria mais das peladas, colocando em xeque toda sua sanidade mental nesse instante.
Ao olhar nosso amado Alessandro jogando seu futebol de um só, lembrei dos tempos de criança, onde minha querida mãe colocava-me em um cercadinho com várias bolinhas de borracha, onde eu sozinho poderia me deliciar driblando a mim mesmo, dando lindas e belas canetas, e tentava fazer como Dadá maravilha, bater o escanteio e subir pra cabecear, desde já deixo esse boa idéia aos rapazes da pelada do Vovô Testicludo.
Como diria meu velho e saudoso tataravô, quem fala demais da bom dia à PQP. Me senti em uma bolsa de valores com a Derci Gonçalvez. Jogam um futebol onde a lígua deveria calçar chuteiras, e as mães não deveriam existir, tamanho a lembrança com aquela que está em casa cuidando de seus afazeres, sem mencionar o danado do reto humano que vai à vários lugares e volta sem mesmo sair debaixo das cuecas, calções e bermudas térmicas...
Alguns participantes merecem destaques: Mateus Pipinão parece ter encontrado seu estilo de movimentação, colocando pra fora todo seu faro matador, apesar de sempre reclamar de dores e estar sempre cansado; Junim Pinga e Simon pela superação por levantar da cama e andar...; J. Guilherme pelo belo ´´Toma no...´´ da pelada de ontem; Filipe, esse rapaz demonstrou que é possível mudar. O futebol pode sim ser jogado com a boca, mas escolha alguém pra desferir toda sua fúria (lembrem do cercadinho de cima), apesar de ter confidenciado a colegas que viver com os pés apontando pra lua traz-lhe desgosto.
Viver e não convencer (a si mesmo) de que hoje era a hora de parar, de que hoje poderiam estar começando uma vida nova, acompanhando aqueles senhores na Praça do Convívio em todas as manhãs com seus jogos Tressete,Baruco (de um de outro), Bisca, Pôquer ( alô Mazim)...Quando passarem e virem aqueles senhores sentados e jogando me acende ainda mais o desejo de ver um dia Junim Pinga, Simon, Hugo, Lagoa, Mateus, Filipe, Diogo, Melo e companhia...desistindo desta indigna carreira de peladeiros....